“Minha família não aceita meu namorado cadeirante. O que eu faço?”
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Há oito meses eu fico com um cadeirante tetraplégico. Nós nos damos muito bem, o sexo é incrível, pode acreditar. A família dele me trata como se eu fosse da família já. Quando estamos juntos, tudo é muito bom. Convivo com os filhos dele, coisa que não fazíamos antes, e a mãe dele me trata como nora, o que não acontecia no começo. Sinto que está cada vez mais perto aquele momento de "vamos namorar?", porque temos passado juntos praticamente todos os fins de semana. A questão é minha família. Eles não enxergam um ser humano nele, eles enxergam apenas uma cadeira de rodas. Eles são pessoas preconceituosas e acho que, no dia em que eu assumir de fato esse relacionamento, eu vou ser muito criticada. Como fazer eles aceitarem e enxergarem que estou feliz da vida, que estou satisfeita no relacionamento? E que, apesar de ele ser cadeirante, tem um ser humano ali? Eu respeito e amo muito a minha família. Mas se essa realmente for a escolha que eu fizer, como fazê-los entenderem isso?
– Toda forma de amor
– Cara toda forma de amor
É duro perceber que as pessoas que nos criaram e que nós amamos tanto podem não ser tão boas pessoas assim. Se a sua família é preconceituosa e não consegue reconhecer que você está feliz, ao lado de um homem legal, que te enche de boas sensações, não vai haver argumentos ou conversas que façam eles mudarem de ideia. Quem vai ter de mudar é você, ao entender que não precisa da aprovação e da aceitação da sua família para viver esse amor. Quando a hora chegar, apenas comunique-os. Não hesite, nem fique constrangida. Diga que você encontrou uma pessoa que está te fazendo muito feliz, que por acaso é cadeirante, e que o assunto não está aberto para debate. Pergunte se alguém tem alguma dúvida sobre a deficiência e as capacidades dele (talvez eles apenas sejam ignorantes em relação ao assunto, vai saber) e, se sim, responda de forma objetiva. Mas, se os seus familiares fizerem piadinhas, te criticarem, se acharem no direito de te julgar, sugiro que você levante e vá embora. Faça isso toda vez que for preciso, para que eles entendam que a única forma de conviver com você é sendo respeitoso. Preconceito contra pessoas portadoras de deficiência é uma coisa indefensável. Pode ser que alguma hora eles aceitem o seu namorado, pode ser que não. Até lá, não vejo o que você estaria ganhando ao conviver com a sua família.
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Dois anos atrás, fiz um tratamento de fisioterapia para correção de um problema no ombro. Na época, minha fisioterapeuta estava se preparando para casar, mas um diagnóstico trágico, no qual seu noivo descobriu um câncer, mudou a história. Depois de um longo tratamento, infelizmente seu noivo veio a falecer. Um ano depois, precisei voltar ao consultório para um novo tratamento. E nos reencontramos novamente. Dessa vez, porém, o encontro despertou em mim um sentimento maior do que o de um paciente. Estou gostando muito dela, acho que sou correspondido. Penso em convidá-la para um jantar. O que devo fazer para essa conquista acontecer?
– Paciente ficando impaciente
– Caro paciente impaciente
Convide-a! Deixe claras as suas intenções! Termine o seu tratamento com ela, para não misturar as coisas, e depois seja respeitoso e direto. Diga que você a acha uma pessoa incrível e pergunte se ela teria vontade de tomar um café ou sair para jantar com você algum dia. Faz um ano que ela perdeu o noivo de forma traumática e pode ser que ela ainda não esteja pronta para se envolver novamente. Mas também pode ser que ela esteja –e você só vai descobrir perguntando. Caso ela negue o convite, não insista, vida que segue. Mas acho que vale a tentativa. Boa sorte e me conte depois!
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