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“Sou casado, mas não consigo controlar o ciúme que tenho da minha amante”

Karin Hueck

27/12/2019 04h00

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Não consigo esquecer a outra

"Estou casado há 30 anos, somos amigos e dormimos há cinco anos em quartos separados. Não temos mais vida sexual e nossos filhos são criados. Conheci uma mulher há dois anos e estou apaixonado. Essa mulher me cobra muito para que eu me separe e vá morar com ela, só que ela gosta muito de sair com as amigas dela sem a minha presença e ficar tirando fotos com roupas novas, essas coisas. Eu peguei ela algumas vezes em site de aplicativos falando com outros homens, dizendo que gostou muito do perfil dele, fora as conversas que eu vi com as amigas pelo zap, dizendo que gosta de sair sem minha presença pra ficar paquerando. Eu sou muito apaixonado, sei que não estou conseguindo ficar sem ela, passo todos os dias ao lado dela. Me ajude, quero muito esquecer essa mulher, mas não estou conseguindo. O que faço?" Ass.: Ciúme da outra

Caro ciumento da outra,
Pelo que entendi, você não se separa da sua esposa porque não consegue aceitar o comportamento da sua amante, é isso? Aqui, o importante é lembrar que a única pessoa comprometida nessa história é você. Tecnicamente, ela é uma mulher solteira, livre para fazer o que quiser, que está ficando com um homem que não assume um relacionamento com ela porque é casado com outra pessoa (você, no caso). Infelizmente, você não tem o direito de cobrar absolutamente nada da sua amante. 

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10 minutos com minha sogra já é demais

"Não consigo manter uma relação saudável com a minha sogra. Na verdade, não suporto dez minutos perto dela. Fiquei noiva do filho dela recentemente e desde o dia que a conheci fui criando um baita ranço, pois comecei a notar que para ela tudo gira em torno do seu próprio umbigo. Ela fica em casa e meu noivo trabalha fora (moram apenas os dois, o irmão mais velho dele já é casado), e ela não prepara nem uma refeição para ele após o trabalho. Ela espera ele chegar para levá-la aos locais de carro, sendo que ela fica o dia todo dormindo e o supermercado fica a 3 quarteirões de casa.
Sei que isso é uma coisa entre os dois e que ele deve sim dividir os cuidados domésticos, mas acredito em direitos iguais e não em exploração de um dos lados. Me corta o coração quando ele me conta que chega, faz comida e vai limpar a casa, enquanto ela dorme ou está nas vizinhas passeando.
Se o problema fosse apenas esse, tudo bem. Mas, além de tudo, ela é extremamente carente de atenção, não pode nos ver que começa a querer chamar atenção a todo custo, agir literalmente como um bebê, falar bobagens, é extremamente irritante. Eu tento me controlar, nunca faltei com o respeito, porém percebo que me mantenho distante da casa dele para evitá-la, e sei que por mais que ele entenda meu lado, fica triste com isso. O que cabe a mim nesta situação?" Ass.: Norinha querida

Cara norinha,
A você cabe casar-se com o filho dela e tirá-lo de casa. Uma vez sozinha, a sua sogra vai ter que se virar (e algo me diz que ela vai sobreviver). Também acho importante reiterar que quem precisa mediar a relação com ela é o seu noivo – é ele que vai ter que cortar os laços de dependência que ela está tentando manter a todos os custos. Nesse cenário, o seu ranço não vai ajudar, só vai acabar criando mais conflitos entre vocês. Acredito que, uma vez que cada um tiver a sua casa, as coisas vão melhorar. A sua sogra provavelmente vai procurar outras maneiras de manter o filho perto ou ocupado com as demandas dela, mas ele terá de se manter firme e estabelecer limites. O objetivo é uma relação carinhosa, respeitosa e independente.

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Sobre a Autora

Karin Hueck é jornalista e escritora. Foi editora da revista "Superinteressante", colaborou para alguns dos maiores veículos do Brasil e tem 5 livros publicados.

Sobre o Blog

Se Conselho Fosse Bom é uma coluna de conselhos sentimentais, existenciais e práticos. Está com problemas no trabalho? Sua família te enlouquece? Não sabe se casa ou compra uma bicicleta? Mande as suas dúvidas para o se.conselho.fosse.bom@bol.com.br As respostas são 100% anônimas.